Segundo Cris, a guia turística local, Bangkok é uma cidade segura, talvez devido às leis severas, com aplicação de pena de morte.
O trânsito, contudo, é caótico, congestionado, confuso.As preferenciais não são obedecidas, os automóveis entram nas ruas sem fazer sinal, é a lei do “Salve-se quem puder”.
Pode-se escolher entre os três tipos de condução: táxi regular, com taxímetro; tuktuk, transporte popular e barato, cujo preço depende da cara do freguês; ou vespas, que voam no meio do trânsito.
Nas horas de rush, alguns motoristas de táxis podem se recusar a ir a certos destinos. As vespas ou moto-táxis são uma maneira fácil _ mas desaconselhável _ de se conduzir entre o trânsito congestionado, pelo alto índice de acidentes. Os tuktuk são mais interessantes à noite, quando há menos poluição. Nos tuktuk, três minutos costumam custar 15B; pagar 40B (baths, moeda local) por uma pequena corrida é um bom preço, correspondente a U$1 (um dólar americano). Alguns motoristas de tuktuk oferecem passeios turísticos a 10B ou 20B, com o propósito de levar os passageiros às joalherias ou lojas, para obterem comissões.
Mas nós seguimos no nosso confortável ônibus, ouvindo a explanação de Cris. No percurso, vemos as belas edificações remanescentes do período áureo do reino do Sião, do qual Bangkok foi capital.
Os policiais usam máscaras para se proteger da poluição, mas não a notamos. Os garis usam as mesmas máscaras, enquanto carregam a vassoura de longos fios e, presa aos ombros, a cesta para recolher as folhas.
O primeiro local onde o ônibus estaciona é o Templo do Buda de Ouro, como é de praxe, em toda rota turística. A imponente estátua do Buda sentado pesa cinco toneladas de ouro. A parte antiga desse templo tem duzentos anos.
No exterior do templo, há o Mercado das Flores, aberto vinte e quatro horas, com lindos trabalhos de guirlandas. AS flores preferidas são a flor de Lótus e as orquídeas.
Chegamos ao Templo do Buda Deitado, cuja capela principal é anterior à existência de Bangkok. Sabe-se que, em 1782, ela já existia, embora não seja possível precisar a época da sua construção. A secundária, onde está o Buda, é a parte mais nova, com duzentos anos. Ao seu lado, está a Árvore Sagrada, em forma de coração.
No Templo do Buda Deitado, está a escola para aprendizagem da massagem tradicional tailandesa, na qual os profissionais adquirem grandes conhecimentos da anatomia humana.
A massagem tradicional, relaxante ou terapêutica, é realizada dos pés à cabeça; demora uma hora e quarenta cinco minutos. Quando realizada nos hotéis, é praticada por profissionais e custa oitocentos baths ou vinte dólares americanos. No templo, são os estudantes que fazem a massagem, que sai por seiscentos baths ou quinze dólares americanos.
Há dois outros tipos de massagens, Cris confessa, motivada pelas provocações dos participantes do grupo: a erótica e a para gays. Mas essas não são ensinadas no Templo.
Contudo, mesmo a massagem tradicional é um pouco engraçada e surpreendente para os costumes ocidentais.
Quando o casal manifesta o desejo de ambos receberem a massagem, imaginam que ela se efetuará em locais ou horários diferentes. Contudo, Cris fala que ela agendará as massagistas para o casal, uma para o homem, outra para a mulher, e “não se preocupem, o melhor é que seja realizada no próprio quarto”.
Na hora combinada, curiosos, eles esperam. Chegam as duas profissionais, tiram os sapatos à entrada do aposento, curvam-se na saudação habitual, as mãos unidas em frente à boca. Falam escasso inglês, o suficiente para serem entendidas.
_ Go to bed! Go to bed! _ ordenam, indicando a cama kingsize.
Um pouco intrigado, o casal obedece, colocando-se cada um num extremo da cama, o mais longe possível um do outro. Ligeiras, elas também sobem para cima da cama, uma se encarregando da mulher, outra do homem. No maior profissionalismo e seriedade, começam a massagem pelos pés, detendo-se com minúcia em cada dedo, como quem lê a história da vida pregressa nos tarsos e metatarsos. Minuciosas e atentas, vão realizando a massagem relaxante, às vezes trocando entre si alguma impressão, no incompreensível mandarim, outras apelando aos conhecimentos da língua inglesa.
_ Pain! Pain! uma exclama, quando detecta algum ponto dolorido. O casal não se olha, com receio de cair no riso, pela inesperada situação, enquanto elas se movimentam em cima da cama, concentradas e atentas ao seu trabalho.
_ Sit down! Relax! _ e a comunicação verbal acaba aí. Mas, ao fim do tempo convencionado, uma hora e quarenta e cinco minutos, qualquer turista se sente pronto para retomar a maratona de programas. Além de anotar mentalmente para jamais perder outra oportunidade de receber uma massagem tailandesa.
Mas, continuemos o assunto de onde estávamos: percorrendo as ruas de Bangkok, no interior do ônibus turístico.
O terceiro lugar visitado é o Templo de Mármore, construído em mármore de Carrara branco, durante o reinado de Rama V. Neste, a gigantesca imagem de Buda tem a mão direita virada para baixo, colocada sobre a perna, de forma a subjugar os demônios do mundo. A base da estátua guarda as cinzas de Rama V.
No pátio, há cinqüenta e três imagens de Buda, com diferentes tipos físicos, sendo trinta e três originais e vinte cópias. Representam os diversos Buda existentes na Tailândia e em outros países budistas. Em algumas imagens, ele é representado gordo; em outras, magro; em algumas, másculo; em outras, com formas nitidamente femininas.
Todos os templos são ricos e com esculturas muito trabalhadas.
Na próxima semana, contarei mais um pouco.
O trânsito, contudo, é caótico, congestionado, confuso.As preferenciais não são obedecidas, os automóveis entram nas ruas sem fazer sinal, é a lei do “Salve-se quem puder”.
Pode-se escolher entre os três tipos de condução: táxi regular, com taxímetro; tuktuk, transporte popular e barato, cujo preço depende da cara do freguês; ou vespas, que voam no meio do trânsito.
Nas horas de rush, alguns motoristas de táxis podem se recusar a ir a certos destinos. As vespas ou moto-táxis são uma maneira fácil _ mas desaconselhável _ de se conduzir entre o trânsito congestionado, pelo alto índice de acidentes. Os tuktuk são mais interessantes à noite, quando há menos poluição. Nos tuktuk, três minutos costumam custar 15B; pagar 40B (baths, moeda local) por uma pequena corrida é um bom preço, correspondente a U$1 (um dólar americano). Alguns motoristas de tuktuk oferecem passeios turísticos a 10B ou 20B, com o propósito de levar os passageiros às joalherias ou lojas, para obterem comissões.
Mas nós seguimos no nosso confortável ônibus, ouvindo a explanação de Cris. No percurso, vemos as belas edificações remanescentes do período áureo do reino do Sião, do qual Bangkok foi capital.
Os policiais usam máscaras para se proteger da poluição, mas não a notamos. Os garis usam as mesmas máscaras, enquanto carregam a vassoura de longos fios e, presa aos ombros, a cesta para recolher as folhas.
O primeiro local onde o ônibus estaciona é o Templo do Buda de Ouro, como é de praxe, em toda rota turística. A imponente estátua do Buda sentado pesa cinco toneladas de ouro. A parte antiga desse templo tem duzentos anos.
No exterior do templo, há o Mercado das Flores, aberto vinte e quatro horas, com lindos trabalhos de guirlandas. AS flores preferidas são a flor de Lótus e as orquídeas.
Chegamos ao Templo do Buda Deitado, cuja capela principal é anterior à existência de Bangkok. Sabe-se que, em 1782, ela já existia, embora não seja possível precisar a época da sua construção. A secundária, onde está o Buda, é a parte mais nova, com duzentos anos. Ao seu lado, está a Árvore Sagrada, em forma de coração.
No Templo do Buda Deitado, está a escola para aprendizagem da massagem tradicional tailandesa, na qual os profissionais adquirem grandes conhecimentos da anatomia humana.
A massagem tradicional, relaxante ou terapêutica, é realizada dos pés à cabeça; demora uma hora e quarenta cinco minutos. Quando realizada nos hotéis, é praticada por profissionais e custa oitocentos baths ou vinte dólares americanos. No templo, são os estudantes que fazem a massagem, que sai por seiscentos baths ou quinze dólares americanos.
Há dois outros tipos de massagens, Cris confessa, motivada pelas provocações dos participantes do grupo: a erótica e a para gays. Mas essas não são ensinadas no Templo.
Contudo, mesmo a massagem tradicional é um pouco engraçada e surpreendente para os costumes ocidentais.
Quando o casal manifesta o desejo de ambos receberem a massagem, imaginam que ela se efetuará em locais ou horários diferentes. Contudo, Cris fala que ela agendará as massagistas para o casal, uma para o homem, outra para a mulher, e “não se preocupem, o melhor é que seja realizada no próprio quarto”.
Na hora combinada, curiosos, eles esperam. Chegam as duas profissionais, tiram os sapatos à entrada do aposento, curvam-se na saudação habitual, as mãos unidas em frente à boca. Falam escasso inglês, o suficiente para serem entendidas.
_ Go to bed! Go to bed! _ ordenam, indicando a cama kingsize.
Um pouco intrigado, o casal obedece, colocando-se cada um num extremo da cama, o mais longe possível um do outro. Ligeiras, elas também sobem para cima da cama, uma se encarregando da mulher, outra do homem. No maior profissionalismo e seriedade, começam a massagem pelos pés, detendo-se com minúcia em cada dedo, como quem lê a história da vida pregressa nos tarsos e metatarsos. Minuciosas e atentas, vão realizando a massagem relaxante, às vezes trocando entre si alguma impressão, no incompreensível mandarim, outras apelando aos conhecimentos da língua inglesa.
_ Pain! Pain! uma exclama, quando detecta algum ponto dolorido. O casal não se olha, com receio de cair no riso, pela inesperada situação, enquanto elas se movimentam em cima da cama, concentradas e atentas ao seu trabalho.
_ Sit down! Relax! _ e a comunicação verbal acaba aí. Mas, ao fim do tempo convencionado, uma hora e quarenta e cinco minutos, qualquer turista se sente pronto para retomar a maratona de programas. Além de anotar mentalmente para jamais perder outra oportunidade de receber uma massagem tailandesa.
Mas, continuemos o assunto de onde estávamos: percorrendo as ruas de Bangkok, no interior do ônibus turístico.
O terceiro lugar visitado é o Templo de Mármore, construído em mármore de Carrara branco, durante o reinado de Rama V. Neste, a gigantesca imagem de Buda tem a mão direita virada para baixo, colocada sobre a perna, de forma a subjugar os demônios do mundo. A base da estátua guarda as cinzas de Rama V.
No pátio, há cinqüenta e três imagens de Buda, com diferentes tipos físicos, sendo trinta e três originais e vinte cópias. Representam os diversos Buda existentes na Tailândia e em outros países budistas. Em algumas imagens, ele é representado gordo; em outras, magro; em algumas, másculo; em outras, com formas nitidamente femininas.
Todos os templos são ricos e com esculturas muito trabalhadas.
Na próxima semana, contarei mais um pouco.
3 comentários:
Marta!
A massagem foi deliciosa! como são originais e convictos.
Posso estar enganada, mas lendo sobre este povo, entro no "túnel do tempo"!
Beijos da Ruthe
Marta, que delicia as tuas viagens, ah, se eu fosse mais moça, eu não perderia esta excursão por nada.
Como adoro massagens acho que adoraria a Tailandeza. Com certeza não a perderia. Dizes que vais viajar por 15 dias agora. Por onde pretendes andar? Se for surpresa para nós os leitores de tuas crônicas, não precisas contar, eu vou aguardar como todos. Boa viagem e bastante alegria no dia a dia de vocês. O que se leva da vida é "a vida que a gente leva". Que bom que vocês estão conseguindo viajar assim por lugares tão diferentes. Adoro tudo o que escreves e para mim é uma alegria quando leio que tem crônica nova no Blogger. Um beijão e boa viagem. Suely
Marta, que delicia as tuas viagens, ah, se eu fosse mais moça, eu não perderia esta excursão por nada.
Como adoro massagens acho que adoraria a Tailandeza. Com certeza não a perderia. Dizes que vais viajar por 15 dias agora. Por onde pretendes andar? Se for surpresa para nós os leitores de tuas crônicas, não precisas contar, eu vou aguardar como todos. Boa viagem e bastante alegria no dia a dia de vocês. O que se leva da vida é "a vida que a gente leva". Que bom que vocês estão conseguindo viajar assim por lugares tão diferentes. Adoro tudo o que escreves e para mim é uma alegria quando leio que tem crônica nova no Blogger. Um beijão e boa viagem. Suely
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