21 de jun. de 2009

Surpreendente

A proposta era conhecer o Freedom of the Seas, considerado o maior navio do mundo, pela curiosidade de saber como funcionaria. De maneira geral, cruzeiros marítimos são exemplo de atendimento, presteza e funcionalidade. É difícil, no entanto, imaginar bom atendimento proporcionado a quatro mil e quatrocentas pessoas, ao mesmo tempo.

Por isso, é até engraçado lembrar o nosso desapontamento, ao entrar no transatlântico e encontrar aquele povo lá dentro, como se não fosse justamente essa a experiência que pretendíamos viver.

O check in ocorreu sem a menor demora, coisa difícil de conceber, quando se compara com o mesmo processo nos aeroportos.

Naquela manhã de domingo, o Freedom of the Seas havia aportado em Cabo Canaveral, desembarcando os 4.000 passageiros da semana anterior. Ás onze horas da manhã, já entravam os passageiros do novo cruzeiro, nós entre eles. Por esse pequeno espaço de tempo entre a saída de uns e a chegada de outros, as cabines só poderiam ser ocupadas às 14h, como era previsto, para que fossem limpas e arrumadas.

Por essa razão, todos os passageiros circularam, ao mesmo tempo, pelos locais de refeições, dando a primeira impressão de que era gente demais para uma viagem agradável. Logo, porém, na maior pontualidade, as coisas começaram a acontecer. Às 16h, o transatlântico partiu para mais uma semana em alto-mar.

Sempre impressiona o perfeito funcionamento, nos cruzeiros marítimos. Esse, especialmente, entre inúmeras outras novidades e atrações, possui um restaurante formal com capacidade para 2.000 pessoas, distribuídas em três andares, com dois horários estabelecidos para jantar. Às horas determinadas, abrem-se as portas e entram todos, na maior tranqüilidade, sem aparentar o número que representam; sentam-se em torno das mesas, com bom espaço de circulação entre elas, e imediatamente começa a ser servida a refeição. Não é surpreendente?

Além disso, a higiene é observada nos mínimos detalhes. Por isso, à entrada de todos os lugares de refeições, é obrigatória a higiene das mãos, da mesma forma que à entrada do navio, em cada porto. Funcionários se postam junto do aparelho de higienização e chamam a atenção de alguém que se distraia.

O Freedom of the Seas tem 338 metros de comprimento e 56 de largura, altura de 63 metros, da linha d´água até o alto da chaminé. Possui um total de 1.817 camarotes, de vários tipos e preços, sendo 32 com acesso para cadeiras de rodas, esses muito espaçosos. Os membros da tripulação são 1.400 rapazes e moças, pertencentes a 65 países, muitos brasileiros entre eles. É comum ocorrerem namoros e casamentos entre eles, proibidos de se relacionarem com os passageiros, segundo as normas.

Com a popularização dos cruzeiros, os preços mais acessíveis, principalmente para americanos e europeus, viajam famílias inteiras, pais, avós, muitos jovens e crianças de idades variadas, todos com comportamento exemplar. Neste cruzeiro, a própria administração do navio se surpreendeu com o grande número de passageiros das cercanias de Cabo Canaveral, por serem novidade as saídas dali, tendo sido de Miami as partidas anteriores.

O Freedom of the Seas foi inaugurado em junho de 2006 e breve será suplantado por outro transatlântico. Verdadeira cidade flutuante, tem proporcionado descanso, alegria e prazer a milhares de pessoas, de todas as classes sociais.

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