A vida é cheia de caminhos bifurcados, esquinas em que precisamos decidir: esquerda ou direita? Decisões são reclamadas a todo instante: este ou aquele curso, restaurante, namorado, viagem? Do momento de acordar até o de descansar a cabeça no travesseiro, questões nos são colocadas, exigindo prontas respostas.
Pressionados, buscamos rotas de fuga e entendemos a necessidade de insistir na aprendizagem de dizer não sem sentir culpa, largando de vez a pose da menina boazinha e “concordina”. Ainda assim, sobram inúmeras decisões que só a nós competem: embora assustem e tirem o sono, elas precisam ser enfrentadas.
Atos corriqueiros, gestos banais podem ter enorme repercussão no futuro. Coisas do destino, que nos pega peças estranhas, quando mexe seus pauzinhos, agitando-nos, como meros marionetes em suas mãos brincalhonas. Algumas vezes, medimos os prós e os contra, pensamos muito e fazemos a escolha errada; em outras, deixamo-nos levar pelo acaso, sem muitos cálculos, e nos damos bem.
Às vezes, brinco de pensar em todas as possibilidades para cada passo, um desenrolar diferente para a mesma história, conforme dobre nesta esquina ou entre naquela loja. Não é assim a vida, cheia de surpresas?
Quando criança, quantas vezes fomos salvos pela distração dos adultos ou por ter surgido um problema maior, que desviou a sua atenção do nosso foco? As coisas adquirem ou perdem importância, conforme a ocasião e o humor dos envolvidos.
Da mesma forma, algumas decisões que nos parecem tão sérias e definitivas, à primeira vista, só necessitam ser olhadas sob outro prisma. AS idéias brotam, após uma boa noite de sono. A manhã traz as respostas procuradas e, como no leque aberto inesperadamente pelo mágico, inúmeras possibilidades se apresentam, mostrando caminhos insuspeitados. Se aceitarmos os desafios, naturalmente.
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