A Ásia, com certeza, não estava incluída nos meus mais audaciosos planos de viagens. Mas a oportunidade surgiu, a companhia seria ótima e logo me vi à procura de maiores informações. Essa foi a parte difícil: pouco encontrei, a princípio, sobre a Ásia atual.
Pesquisei em livrarias, bancas de revistas, encontrando pouco conteúdo. Isso atiçou a minha curiosidade, pois desejava partir preparada, com conhecimento do que encontraria e como deveria me comportar em determinadas situações, por se tratar de cultura muito diferente.
Resolvi começar pelo princípio: a velha Enciclopédia Mirador Internacional. Logo os amigos e vizinhos, Neiva e Norton, me enviaram as suas revistas de viagens, já com as páginas marcadas onde poderia interessar, visto que o tempo corria. Outra amiga, Adrienne, me emprestou seus livros e folhetos sobre a China, onde ela morou por dois anos, antes da abertura. Assim pude fazer uma pequena idéia do que me aguardava, enquanto crescia o interesse por aquele mundo milenar, no entanto ainda desconhecido para a grande maioria dos ocidentais.
Na pressa de organizar a partida, não sobrou tempo para a procura na internet, a qual provavelmente teria todas as respostas às perguntas que eu nem sequer sabia dever formular.
Como costumeiro, a arrumação das malas me colocou em frente à difícil questão da escolha. Decidida a carregar apenas uma mala de tamanho médio e outra de mão, ambas com rodinhas e fáceis de manusear, enfrentei o problema de resolver o que levar, considerando o tipo de viagem: diferentes países, climas e o fato de o roteiro incluir um cruzeiro marítimo de cinco dias.
Comecei a organização da bagagem uma semana antes, inicialmente com a mala cheia; depois, fui retirando algumas peças, simplificando, e terminei conseguindo colocar um saco de viagem no fundo da mala, para as eventuais aquisições. Graças à experiência anterior, em que fui salva pela leitura, na última hora, do livro Viajando sem stress, do Dr. Fernando Luchese, lembrei de levar o par de óculos de reserva. Naquela ocasião, resolvi inovar, guardando os óculos em local diferente do costumeiro, o que me fez perdê-los já na chegada ao primeiro aeroporto. Como transportava um segundo par, em virtude do conselho do referido autor, não tive maior problema.
Mais tarde, compreenderei que poderia ter levado ainda menos peças de roupas, por se tratar de uma excursão, onde o ritmo acelerado, com pouco tempo de permanência em cada local, impossibilita muitas trocas de vestuário. Mas estou sempre em processo de aprendizagem e essa foi a minha primeira viagem desse gênero.
Um comentário:
Li, como as anteriores, todas com algum conteúdo de orientação. Realmente, viajamos para ver e não para sermos vistas. Aplaudo: roupas o quanto satis.
Beijoda Claire
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