Suas crônicas mostram intimidade com a terra e a vida no campo, na simplicidade com que trata temas espinhosos como relações humanas, amor, ciúme, inveja, dor e morte.
21 de fev. de 2009
Punta Arenas - Chile
Após aportar em Puerto Madryn e Ilhas Falkland, cruzar o Cabo Horn e chegar a Ushuaia, o Celebrity Infinity _ transatlântico em que realizamos o cruzeiro pela costa da Terra do Fogo e da Patagônia _ se dirigiu a Punta Arenas, no Chile,inicialmente através do Canal Beagle, depois pelo Estreito de Magalhães.
Situada numa estratégica rota comercial, Punta Arenas é a cidade maior e mais velha da Patagônia, com população de 150.000 habitantes. Capital da XII Região chilena, localiza-se na península de Brunswick.
Fundada em 18 de dezembro de 1848, seu porto começou a despertar interesse por ocasião da Febre do Ouro na Califórnia, quando serviu de base a grandes veleiros, exportando principalmente lã e cordeiros. Inicialmente, teve a economia desenvolvida pela indústria do carvão, pela produção de lã e petróleo e pela pesca. Outros produtos muito solicitados, na época, eram as peles de foca e as plumas de animais exóticos. Ao final do século XIX, foram importadas das Malvinas ovelhas de raça, que deram grande impulso ao rebanho ovino, hoje calculado em milhões de animais, em Punta Arenas e arredores.
Após a abertura do Canal do Panamá, Punta Arenas sofreu um baque em sua economia, embora inúmeros barcos da indústria pesqueira do Atlântico Sul ainda utilizem seu porto.
A cidade possui diversos museus, sendo o Sara Braun considerado Patrimônio nacional, desde 1981. Há vários outros locais de interesse, localizados à distância de algumas horas.
Contrariando todas as opções oferecidas, preferimos ficar na cidade e conhecer a zona franca. Chegados ao porto, ignoramos os taxistas e responsáveis pelas excursões e preferimos caminhar uma quadra além e pegar um táxi comum, para evitar os preços extorsivos e as costumeiras negociações. O guarda de trânsito forneceu uma boa informação: na outra esquina, poderíamos embarcar num táxi coletivo, bem mais barato e com o mesmo conforto; tanto o número 15 como o 20 nos deixariam direto no shopping.
Seguimos a recomendação do guarda e logo embarcamos no táxi, que vinha vazio. Pagamos o convencional: um dólar por pessoa. Começamos a viagem fugindo das excursões oferecidas pelo navio, em geral muito caras em relação ao proporcionado; agora, na medida do possível, fugimos das conduções próximas aos portos. Mas nem sempre é possível ou vale a pena.
A zona franca é grande, constituída de muitos galpões, com as mais diversas mercadorias, mas os preços não são tentadores, pelo menos no Shopping Center, nem temos nenhum interesse especial. Assim, saímos a caminhar pela cidade e vamos até a praça principal, onde é vendido o artesanato local.
Em frente à praça, entramos no restaurante La Tasca, onde pedimos a bebida típica, o pisco sauer, semelhante à caipirinha, mas feita com vinho. Depois, enfim conseguimos comer o cordeiro patagônico, que correspondeu à expectativa.
Na praça, conhecemos o bonito artesanato local, os brincos e anéis de lápis-lazúli, as mantas e abrigos de alpaca. Comodistas, logo voltamos ao navio, para descobrir, mais tarde, que perdemos um programa excelente: o passeio até a colônia de pingüins. Segundo Malu e Ará, era imperdível. Quando, após algumas horas de deslocamento, o barco de turismo atracou na ilha, a primeira impressão foi de desapontamento, pois não enxergaram nada. De repente, como se obedecessem a um sinal, centenas de pingüins se ergueram das escavações feitas na areia da praia, mostrando-se em conjunto. Emocionante, segundo ambos. Imperdível, repetiram. Bem, esse show perdemos.
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5 comentários:
Marta
Estarei indo em janeiro 2012, fazer este cruzeiro pela terra do fogo, fim do mundo, e tantos outros nomes, adorei as suas dicas, Vou anotá-las.
Maravilha
um grande abraço, o sentimento em forma de palavras.vera
Olá, Vera, fico feliz de saber que você gostou das minhas impressões. Este cruzeiro é maravilhoso; poderia repeti-lo. Desejo que você sinta o mesmo. Um abraço.
Olá Marta. Faremos uma viagem parecida com a sua, saindo de Valparaiso no Chile para Buenos Aires em fevereiro de
2012. Então, se puder poste umas dicas sobre vestuário, o q levar na mala, se usa biquíni e como eh o clima. Parabéns pelo blog
Olá,anônima, que bom que você entrou no blog. Fizemos este cruzeiro em sentido inverso ao que você fará: saímos de Buenos Ayres e desembarcamos em Valparaíso. Gostamos tanto, que ficamos com pena de não haver comprado ida e volta. No blog, publiquei várias crônicas sobre a viagem, a primeira se chama " Cá estamos nós- rumo ao fim do mundo". Reli-as, agora, e talvez você goste de lê-las, para curtir melhor o itinerário. Pesquisei sobre cada lugar e coloquei fotos, onde você verá que o frio era intenso, fora do navio. Leve um agasalho acolchoado, inclusive para a cabeça. No interior, havia ar condicionado e não lembro bem, mas acho que pode levar biquini. Vou olhar as minhas fotos e direi algo mais. Espero que aprecie a viagem como apreciamos, linda.
Olá, anônima, dei uma olhada nas fotos, para lembrar a temperatura e o tipo de roupas, e vi, dentro do navio, tanto roupas de meia estação como uma blusa de lã ou moleton. À noite, nos cruzeiros, de modo geral, precisa uma echarpe ou manga comprida, por causa do ar condicionado mto frio. Ao ar livre, era muito frio, inclusive na sacada. Um abraço
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