28 de jan. de 2010

Cabo San Lucas, México



Na expectativa (ou esperança) de que alguém esteja interessado na viagem que comecei a contar, continuo a narrativa. Tenho intercalado crônicas sobre outros assuntos, porque, se até eu canso do tema, imagino os outros. “O quê? Ela vai falar nessa viagem, novamente?”

Mas, estávamos num cruzeiro turístico, que partiu de Fort Lauderdale, na Flórida, e terminará em San Diego, na Califórnia. Hoje chegamos ao Cabo San Lucas, na costa mexicana. Centenas de iates se aglomeram em torno da marina. Contornamos o cais do porto, passamos por dentro de um centro comercial ainda em elaboração, com a maioria das lojas para alugar, e saímos na rua do comércio. Está muito quente, embora o jornal diário, fornecido pelo navio, anuncie 26 graus, no máximo. Se pretendêssemos ir até Medano Beach, poderíamos utilizar um Water Taxi e em 9 minutos estaríamos lá, mas preferimos procurar algum local com internet. Encontramos o Caffé d´Amore, com ar condicionado e wireless, inclusive. Beleza, trouxemos o notebook e assim podemos nos comunicar com o pessoal de casa, pelo Skipe.



Cabo São Lucas era um pequeno povoado de pescadores, rústico e distante da civilização, localizado à entrada do deserto, no extremo mais meridional das 1.000 milhas da península da Baixa Califórnia, até se converter num dos complexos turísticos mais populares do México.



A Baixa Califórnia, que começa no Cabo San Lucas e termina em San José de los Cabos, foi avistada pela primeira vez pelo piloto de Hernán Cortés, Francisco de Ulloa, em 1537, dezoito anos depois da conquista do império asteca. Sem possuir ouro ou prata e com pequeno potencial agrícola, seu descobrimento não teve grande significado até as rotas comerciais serem estabelecidas, através do Pacífico, no final do século XVI. Nos 200 anos seguintes, Cabo San Lucas e suas imediações foram cenário dos saques dos piratas, atraídos pelos navios que vinham da China, carregados de ouro, sedas e especiarias.

Bem mais tarde, na década de 1940 e 50, turistas ricos e pescadores também foram atraídos pelas águas do Cabo, dessa vez pela grande quantidade de peixes no remoinho das ondas onde o oceano encontra o mar. A pesca esportiva segue sendo uma das grandes atrações, acrescida pelas praias de areia perfeita, o que ocasionou a expansão dos resorts de luxo, à beira-mar. Ainda com quilômetros de praias virgens, paisagens paradisíacas e o clima maravilhoso, é natural que Cabo São Lucas seja um importante destino turístico.



Um navio de piratas, preparado para o turismo, proporciona um passeio pelos arredores, com direito a marguerita e a outras bebidas típicas. O pessoal de bordo, vestido de pirata, se encarrega da animação, com música e danças. Empolgados pelo clima e pela bebida liberada, alguns passageiros extrapolam um pouco, o que diverte a todos.

No jornalzinho fornecido a bordo, diariamente, leio sobre as formações rochosas Los Arcos (cuja foto depois encontrarei na internet), localizadas no “ponto onde as águas azuis do Pacífico se encontram com as verdes e cálidas águas do Mar de Cortés”.
Cabo San Lucas também possui um importante jardim botânico, com a maior coleção de cactus do México, mais de 750 espécies de todo o mundo, com quase 15.000 cactus.



Ao entardecer, voltamos ao Celebrity. Amanhã teremos um último dia em alto-mar, antes de chegar a San Diego.

Um comentário:

Ruthe disse...

Não conhecia nada do Cabo de São Lucas - adorei!
Que passeio maravilhoso e criativo deve ter sido!
Fico feliz com tua felicidade!
Beijos