29 de nov. de 2010

Milão



O serviço meteorológico anunciava chuva para os cinco dias programados para Milão, mas um lindo sol nos aguardava, à saída do aeroporto. Pegamos um ônibus até a Estação Central, bem mais barato que o táxi para quatro. Lá, o primeiro pensamento foi pegar um táxi até o hotel, embora próximo, em virtude do peso das malas. Enquanto decidíamos se as quatro caberiam no táxi, um carregador se aproximou de nós, perguntou o nome do hotel e se prontificou a levá-las, por preço razoável.

Rapidamente, colocou-as em um carrinho e saiu às pressas, seguido por nós, receosos de perdê-las, à chegada da cidade.



O Doria Hotel é confortável e acolhedor. Como é costume na Europa, não há carregadores para as malas, mas o hotel possui elevador e temos o cuidado de utilizar malas médias, com excelente manejo.

Após uma caminhada ao redor, vamos jantar no restaurante La Noblesse Obligue, recomendado no hotel. Apesar do nome francês, o restaurante é tipicamente italiano. Comemos um Rizoto com Tartufo Bianco d’Alba, que corresponde à fama de deliciosa especiaria.



O dia seguinte amanhece chuvoso, o que nos faz tomar o metrô e ir até Duomo, a catedral de Milão, uma das maiores igrejas góticas do mundo, belíssima. Sua construção iniciou no século XIV e a obra levou 500 anos para ser concluída.





Uma árvore de Natal, natural e gigantesca, está sendo montada, galho a galho, em frente à Catedral, com o auxílio de um guindaste. Próxima, temos a Galeria Vittorio Emanuele II, com lojas lindas e muito policiada. Construída em 1865, sua arquitetura é impressionante.



O frio é intenso, mas os cafés e restaurantes ao ar livre, além de fechados com cortinas plásticas transparentes, possuem inúmeros aquecedores a gás e elétricos, de forma que a temperatura é agradável.

Milão é centro da moda e do design. Impressiona a elegância das pessoas nas ruas, os agasalhos sofisticados.

À noite, vamos ao Teatro Scala, assistir à ópera Carmen. O teatro, inaugurado em 1778, possui o maior palco da Europa. Os lugares, adquiridos pela internet, não são numerados e cada um é de um preço, o que nos desperta curiosidade.



À chegada do teatro, encontramos um casal de brasileiros, felicíssimo, pois recém adquirira os seus ingressos, a preço irrisório. Duas horas antes do espetáculo, vários ingressos costumam ser postos à venda. Ficamos contentes por eles, mais ainda por já estarmos com os nossos ingressos, apesar do preço maior. Em viagens anteriores, perdemos de conhecer lugares desejados, por falta de organização prévia.
Antes de mostrar o camarote, a recepcionista nos leva a uma pequena peça, onde devemos deixar os abrigos, com os do camarote vizinho. Temos um momento de hesitação, finalizado com a chegada da vizinha, com naturalidade pendurando no gancho o seu casaco de vison.

Afinal, estamos localizados num camarote lateral e a explicação dos diversos preços é a colocação das cadeiras: as duas da frente são mais caras, a terceira pouco menos e a quarta bem menos _ o que é razoável, considerando que este precisará ficar em pé, se desejar ver alguma coisa. Entre um ato e outro, revezamo-nos de lugar e todos ficamos contentes.



À saída do espetáculo, dirigimo-nos ao metrô, seguindo o fluxo das pessoas. Senhoras com casacos de vison caminham com naturalidade em meio à multidão apressada para chegar ao seu destino.

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