4 de abr. de 2007

Um pouco da Ásia - parte XXII- Pequim


Chegamos a Pequim. No percurso do aeroporto até o restaurante, no Capital Hotel, observamos as ruínas da antiga muralha que circundava toda a cidade. Anteriormente, para maior proteção, havia um fosso pelo lado externo da muralha, destruído pelos estrangeiros que, em diferentes épocas, dominaram a cidade. Atualmente, há a consciência de preservação, como nos conta o guia local.

O desejo de conservação é motivado, inclusive, pelo senso comercial, penso eu, pois nota-se com clareza o despertar da China para o turismo, neste alvorecer de um novo século. Mas os turistas ainda são asiáticos, em sua quase totalidade.

As folhas amareladas do outono caem das arvores, no entardecer, enquanto o ônibus de turismo se desloca para o hotel onde foi programado jantarmos, esse localizado bem distante daquele onde nos hospedaremos.

Em Pequim, passado e presente convivem em harmonia, realidade demonstrada pela construção de gigantescos arranha-céus ao lado de pitorescos pagodes. A cidade se prepara para ser a sede dos Jogos Olímpicos 2008, por isso trata de se modernizar às pressas, investindo enormes recursos humanos e financeiros na purificação da água e do ar e na criação de zonas verdes.

Em Pequim, a excursão prevê meia pensão, ou seja, uma das refeições principais _ almoço ou jantar _ será de responsabilidade da companhia turística. Ao chegar ao Capital Hotel, compreendemos que foi improvisado um jantar para o nosso grupo em um salão do hotel, decerto comumente utilizado para convenções.

Acomodamo-nos em torno das grandes mesas redondas e as garçonetes começam a trazer infinidade de pratos que não sabemos identificar e ninguém nos explica o que contém. Máximo e Lívia, os guias turísticos da excursão, sentaram afastados, em uma mesa menor, e conversam muito animados com o guia local. Quando muito, explicam que as bebidas não estão incluídas no preço e o sistema é o seguinte: um copo custa o correspondente a um dólar americano, mas deve ser pago em moeda local. Não há latinhas, as garçonetes simplesmente enchem o copo.

Há certo tumulto e desconforto, pois ninguém fez o câmbio da moeda, pela pressa dos guias em saírem do aeroporto. Além do mais,as garçonetes parecem desconfiar desses turistas com tipo estranho ao seu e desejam receber o pagamento antes de encher os copos. É muito engraçado, quando alguns pedem cerveja e esta encolhe no copo, após a espuma se desfazer. Um ou outro se irrita, mas afinal tudo se acomoda: a comida é gostosa, embora ninguém saiba o que come; as garçonetes terminam por aceitar dólares americanos, que o pessoal do grupo troca entre si.

Após o jantar, partimos para o Chang An Grand Hotel, bonito e de construção recente, na 27 Hua Wei Li, Chao Yang District, na parte sul da cidade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Marta!

Dá para sentir como tudo é diferente em Pequim, ou seja, em todo o Oriente...
Sempre tive receios com a comida pois falavam que os pratos preferidos eram cobras e formigas! Verdade? Mas que as belezas eram dignas de serem vistas.

Beijos Ruthe

Marta disse...

Acho que não comi cobras, nem formigas, só vi expostas no mercado. Mas adorei a comida, devo confessar. Retribuo os beijos, amiga.

Marta